Universidades estrangeiras saem do horizonte de estudantes brasileiros: fim do ‘Ciências sem Fronteiras’ faz intercâmbio cair em até 99%

Universidades estrangeiras saem do horizonte de estudantes brasileiros: fim do ‘Ciências sem Fronteiras’ faz intercâmbio cair em até 99%

O fim do programa "Ciência sem Fronteiras", do governo federal, deixou saldo negativo para a formação científica no país: despencou o número de intercâmbios entre alunos de graduação das universidades públicas brasileiras.

Em meio à crise econômica que se abateu por aqui e, desde julho de 2016, sem o respaldo do Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino federais e estaduais reduziram em até 99% o contingente de alunos encaminhados para o exterior até o fim de 2016.

Educadores dizem que os números traduzem não apenas perda de experiência acadêmica para os estudantes como também - como já adiantamos acima - grande prejuízo para a formação científica nacional.
 
Quando foi criado, em 2011, o "Ciência sem Fronteiras" suscitou muitos debates acalorados. O motivo era a falta de assessoramento acadêmico para os estudantes e o pouco impacto científico que "duelavam" com a inequívoca oportunidade de partilha de conhecimento, a contribuição para o repertório científico do país e o enriquecimento do sistema educacional.

Uma das principais justificativas da pasta da Educação para encerrar o programa foi seu alto custo. Ao anunciar o fim do CsF, em julho de 2016, o Ministro Mendonça Filho (DEM), informou que, em 2015, para atender 35.000 bolsistas, o programa custou 3,7 bilhões de reais.

De acordo com informações oficiais, esse mesmo valor passou a ser usado para atender 39 milhões de alunos no programa federal de merenda escolar.

Em comunicado à imprensa, o Ministério da Educação (MEC) informou que estuda a elaboração de formas de enviar de alunos do ensino médio para estudar no exterior. Disse também que, agora, o foco do Ciência sem Fronteiras é na pós-graduação.

[Fonte: Veja.com]