- Em 27/01/2021
- Por: Portal Bolsas de Estudo
Em tempos nos quais o mundo, ansioso, busca pelas garantias de saúde que só a Ciência pode oferecer, ganha destaque um ranking – elaborado por Stanford – que avaliou o impacto dotrabalho de 6,9 milhões de pesquisadores.
Para montar o rol, a equipe liderada por John Ioannidis levou em conta as citações (identificadas quando o artigo de um cientista é citado no de outro) da base de dados Scopus, que, se você não sabe, nós, do Portal Bolsas de Estudo, vamos te contar, trata-se de uma das mais completas e respeitadas do mundo.
Muito bem, calcados pelas citações, os estudiosos de Stanford elaboraram dois rankings: um considerou o impacto de um pesquisador X ao longo de toda sua carreira e, o outro, de um único ano (2019).
Você deve estar se perguntando se há brasileiros nestas listas.
Nós te respondemos: na primeira relação, os pesquisadores melhor colocados que trabalham no Brasil nasceram em outros países, embora um deles seja brasileiro naturalizado.
O primeiro colocado é o físico de solos e mestre em agronomia holandês Martinus Theodorus van Genuchten. Ocupando a 460ª posição no ranking, atualmente, ele está na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), porém, fez quase toda sua carreira no exterior.
Em segundo lugar de destaque, na 1661ª posição, encontra-se o grego de nascimento (mas brasileiro naturalizado) Constantino Tsallis. Atuante no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), ele desenvolveu sua carreira e atua no Brasil desde 1975, ano seguinte à conclusão de seu doutorado na França.
Mas há, sim, brasileiros natos nessa lista dos cientistas mais bem colocados do mundo! São dois: o epidemiologista Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no 2969º lugar, e o químico Jairton Dupont, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 3201ª posição.
Mas por que será que, dentre os 159.683 pesquisadores mais influentes do mundo, apenas 600 – ou 0,37% – são do Brasil?
A comunidade científica local se divide na explicação: para alguns cientistas, isso é muito pouco se considerarmos os tamanhos do país e de sua população.
Para outros, este número é até estimulante se levarmos em conta a falta de financiamento e o desprestígio da Ciência por parte do governo brasileiro e de seus seguidores, especialmente nos últimos anos.
O que é tônica entre os pesquisadores que atuam por aqui é que o Brasil precisa – urgentemente – passar a ver a Ciência como investimento e não como gasto.
Os rankings elaborados por Stanford foram publicados – recentemente – na revista científica Plos Biology.
[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]