- Em 14/08/2019
- Por: Portal Bolsas de Estudo
É bem comum nos depararmos por aí com pessoas (especialmente homens) que apresentam transtornos relativos à dificuldade de lidar com os sentimentos. E em função da regularidade desses eventos, os indivíduos acabam por desenvolver alexitimia, traço de personalidade que, além de expor problemas de relacionamento, também evidencia o modo como as pessoas se relacionam com a comida.
Embora possa acometer os dois sexos é bem comum que o problema seja encontrado com mais frequência, como já dissemos no início, em homens. E o motivo é um só: em geral, eles são mais fechados do que as mulheres quando o assunto é abordagem dos próprios sentimentos.
Explicando melhor a alexitimia, o termo vem da palavra grega alexithymia, (a = ausência; lexis = palavra; timia = emoção) e significa "sem palavras para a emoção".
Quem sofre com a alexitimia pode ter a imaginação restrita, um estilo de pensamento mais utilitário, voltado para as coisas concretas. Por isso pode manifestar certa dificuldade em diferenciar as sensações físicas das emoções.
Claro que, a partir dessa característica, “alexes” também têm muita dificuldade de lidar com as emoções alheias. É por isso que, não raro, essas pessoas são identificadas como frias, nada empáticas e cheias de “travas” na hora de se relacionar, seja em qual instância for.
A seguir trazemos uma informação “curiosa”, “interessante” do ponto de vista de que é preciso – sim – atentar, desde bem cedo, para a relação entre as emoções e a alimentação.
Um estudo realizado, recentemente, na Holanda confirmou a hipótese de que a baixa qualidade da interação entre pais e filhos na infância provoca um aumento da supressão das emoções, levando à alexitimia e por sua vez ao comer emocional.
Pois é...
Para a pesquisa foram convocadas 129 crianças e suas famílias. A qualidade do relacionamento familiar foi avaliada na infância, aos 15 e 18 meses de idade. E os pais foram convidados a interagir com as crianças durante algumas situações (como montar um quebra-cabeças).
Quando os filhos atingiram 12 e 16 anos, a regulação emocional, a alexitimia e o comer emocional foram avaliados a partir de questionários validados.
Resultado?
As famílias que, durante a infância dos filhos, demonstraram pouca sensibilidade, rejeição e manipulação das crianças terminaram por gerar maior supressão das emoções, o que foi diretamente relacionado à alexitimia e ao comer emocional na adolescência.
Viu só?
Não é bobagem!
Se, hoje, você – homem ou mulher – sente que se enquadra nas características da alexitimia, tome providências: coma melhor, respeite e admire o seu corpo e, principalmente, cuide das suas emoções.
E, se precisar, não pense duas vezes...procure ajuda de profissionais especializados!
Cuide-se! Sua saúde é o seu maior bem!
[Fonte: nutricaosemneura.blogosfera.uol.com.br]