Biotecnologia oferece ao meio ambiente método eficiente para reduzir consumo de energia na produção de papel

Biotecnologia oferece ao meio ambiente método eficiente para reduzir consumo de energia na produção de papel

Há quanto tempo ouvimos dizer que é preciso ter atenção especial para os impactos da produção de papel no meio ambiente, não?

É, a advertência já vem de longa data. E a sensação é de que pouquíssimo vem sendo feito em relação a este assunto.

Espera aí...temos uma boa notícia para você!

É que, com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE-Subvenção), a Verdartis, empresa especializada em biotecnologia – olha que bacana! – desenvolveu um processo de produção de enzimas (proteínas que desempenham a função de catalisadores) capazes de tornar o processo de refino de celulose mais sustentável, reduzindo o impacto ambiental da produção de papel.

Marcos Lourenzoni e Álvaro de Baptista Neto, os pesquisadores envolvidos na descoberta, contaram que – no processo de produção de papel – a pasta de celulose obtida no processo físico-químico Kraft (a partir de cavacos de madeira) passa por refinadores que provocam mudanças estruturais nas fibras, tornando-as mais flexíveis.

Acontece que este processo é mecânico, o que faz com que seja consumida uma grande quantidade de energia elétrica.

É aí que o invento entra com seu benefício: as enzimas desenvolvidas, ao agirem, ajudam a degradar as fibras de celulose, aceleram o processo, logo, diminuem a energia elétrica gasta na produção.

Avaliação feita no Laboratório de Celulose e Papel da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, a mistura das enzimas em questão leva à redução de cerca de 30% no consumo de energia gasto na etapa de refino.

Genial, não?

O meio ambiente agradece à biotecnologia!


[Fonte: http://imprensapublica.com.br]