- Em 23/01/2015
- Por: Portal Bolsas de Estudo
Resultado assustador para todos os profissionais da empresa, de acordo com o Relatório da Violência contra Jornalistas 2014, divulgado nesta semana pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), os crimes contra os profissionais deixaram de ter motivação política e passaram a ser cometidos por policiais, sendo a maioria em manifestações. Os dados apontam que dos 129 jornalistas agredidos no país no ano passado, 62 foram vítimas da violência policial, ou seja, 48,06%.
Outro dado de 2014 foi a morte de três profissionais, entre eles, o repórter cinematográfico da TV Band, Santiago Ilídio Andrade, vítima de rojão disparado por manifestantes em protesto no Rio. Embora em percentual menor do que a violência policial, ataques a jornalistas por pessoas em manifestações chegaram a 16 casos e preocupam.
O ponto comum está no fato das agressões por policiais ou manifestantes ocorreram em protestos, com 50,39% dos casos, sendo a maioria no Sudeste. A análise aponta que as vítimas trabalhavam em veículos impressos, eram repórteres fotográficos ou cinematográficos.
Diante do resultado do estudo o Fenaj cobra que os crimes sejam tratados em esfera federal e que seja criado um Observatório Nacional da Violência. A expectativa é que o órgão seja criado este ano, pela Secretaria de Direitos Humanos e pelo Ministério da Justiça, que passariam a fazer também a interlocução com agentes de segurança nos estados.
O Relatório da Violência contra Jornalista,foi realizado com dados que contabilizam a categoria, segundo a Fenaj, registrou agressões, ameaças, assédio, intimidações, injúria racial, censura, impedimento ao trabalho e prisões e detenções. Segundo o relatório, esses são casos de violações do direito humano à comunicação, à liberdade de imprensa e expressão.