Relatório de violência aponta policiais como maiores agressores da imprensa

Relatório de violência aponta policiais como maiores agressores da imprensa

Resultado assustador para todos os profissionais da empresa, de acordo com o Relatório da Violência contra Jornalistas 2014, divulgado nesta semana pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), os crimes contra os profissionais deixaram de ter motivação política e passaram a ser cometidos por policiais, sendo a maioria em manifestações. Os dados apontam que dos 129 jornalistas agredidos no país no ano passado, 62 foram vítimas da violência policial, ou seja, 48,06%.


Outro dado de 2014 foi a morte de três profissionais, entre eles, o repórter cinematográfico da TV Band, Santiago Ilídio Andrade, vítima de rojão disparado por manifestantes em protesto no Rio. Embora em percentual menor do que a violência policial, ataques a jornalistas por pessoas em manifestações chegaram a 16 casos e preocupam.
O ponto comum está no fato das agressões por policiais ou manifestantes ocorreram em protestos, com 50,39% dos casos, sendo a maioria no Sudeste. A análise aponta que as vítimas trabalhavam em veículos impressos, eram repórteres fotográficos ou cinematográficos.
Diante do resultado do estudo o Fenaj cobra que os crimes sejam tratados em esfera federal e que seja criado um Observatório Nacional da Violência. A expectativa é que o órgão seja criado este ano, pela Secretaria de Direitos Humanos e pelo Ministério da Justiça, que passariam a fazer também a interlocução com agentes de segurança nos estados.
O Relatório da Violência contra Jornalista,foi realizado com dados que contabilizam a categoria, segundo a Fenaj, registrou agressões, ameaças, assédio, intimidações, injúria racial, censura, impedimento ao trabalho e prisões e detenções. Segundo o relatório, esses são casos de violações do direito humano à comunicação, à liberdade de imprensa e expressão.