Dilema da Educação na pandemia: aprovar ou reprovar os alunos?
<p>2020 revelou-se um ano complicado, no mundo inteiro, para todos os setores da sociedade, mas, um, em específico, a Educação.</p>
Segue às voltas com uma pergunta: o que fazer com o ano letivo em curso? Aprovar todos os estudantes? Permitir a reprovação apenas nas escolas particulares (onde houve acesso ao ensino remoto)?
Cancelar o ano letivo das escolas públicas e reprovar todos os seus alunos (para dar oportunidade de aprenderem, de fato, em 2021)? Juntar os anos letivos de 2020 e 2021, pensando em reprovação só no fim do biênio?
Ou, ainda, avaliar cada caso individualmente?
A verdade é que nem todos os alunos tiveram acesso ao ensino remoto no período de suspensão das aulas presenciais.
No caso específico das famílias mais pobres, problemas de conexão à internet, por exemplo, impediram que crianças e jovens acompanhassem atividades on-line durante a pandemia.
Diante desse quadro, educadores se vêem com um grande problema nas mãos.
Considerada a gritante desigualdade no acesso à educação, seria certo reprovar estudantes em 2020? E, no outro extremo, se todos forem aprovados automaticamente, como lidar com as lacunas deixadas por meses sem contato com os professores?
No parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE), órgão do MEC, a recomendação é rever os métodos de avaliação e adotar medidas que “minimizem a retenção escolar”, visto que “os estudantes não podem ser mais penalizados ainda no pós-pandemia”.
O documento traz, no entanto, que a decisão final cabe a cada escola ou rede de ensino, tanto pública, quanto particular.
Como representante do setor privado, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) diz que a determinação deve ser “da escola, analisando as atividades não presenciais, a qualidade dos resultados e, principalmente, o desenvolvimento de habilidades”.
E você, o que acha?
[Fonte: G1 // Educação]