Alemanha treina cachorros que conseguem farejar Sars-CoV-2
<p>Você já sabia que cachorros – devidamente treinados.</p>
Podem encontrar objetos, substâncias e até pessoas, mas, que eles também conseguem, por meio do olfato, identificar vírus em indivíduos, a gente pode apostar que você não imaginava.
Pois é, um estudo alemão – publicado, no final de julho, na revista científica “BMC Infectious Diseases” – indicou que os referidos animais, devidamente adestrados, podem aprender a farejar pessoas infectadas com o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19. E levam apenas uma semana para desenvolver esta capacidade.
Para chegar a tal conclusão, a equipe usou oito cães especializados em detecção de odores. Ao final do treinamento registrou-se que os animais puderam identificar – assertivamente – 94% das 1.012 amostras de saliva ou secreção da garganta de pessoas com Covid-19.
Eles foram capazes de discriminá-las com sensibilidade média (detecção de amostras positivas) de 83% e especificidade (detecção de amostras de controle negativo) de 96%.
- Mas...como assim? – você pode estar aí se perguntando.
Nós te explicamos.
É que as doenças respiratórias infecciosas liberam compostos orgânicos específicos, então, a partir disso, pode ser que, em um futuro próximo, tenhamos um ponto de partida em termos de novas estratégias de testagem.
Esther Schalke, especialista em comportamento veterinário, afirmou que a detecção de cheiro nos cachorros é muito melhor do que se pode imaginar.
"No entanto, ficamos surpresos com a rapidez com que nossos cães poderiam ser treinados para detectar amostras de indivíduos infectados pelo Sars-CoV-2”, completou ela.
Os envolvidos com o treinamento declararam que o treinamento pode ser aplicado em espaços públicos com grande circulação, como aeroportos, eventos esportivos, fronteiras e até mesmo em laboratórios, ajudando a conter a propagação do vírus ou mesmo novos surtos.
Nesses tempos em que a vacina contra a Covid-19 ainda não está disponível e que o futebol brasileiro, por exemplo, já voltou, este pode ser um caminho...
[Fonte: Revista Galileu]