Novidade no ensino superior brasileiro: oferta de vagas à distância já é maior do que as presenciais
<p>Pela primeira vez, a oferta de vagas nos cursos de graduação na modalidade de educação à distância (EAD) ultrapassou o número de vagas disponibilizadas pelo ensino presencial.</p>
Foi o que revelou o Censo da Educação Superior, divulgado – recentemente – pelo Ministério da Educação (MEC).
Os dados apontaram que, em 2018, foram 7,1 milhões de vagas na modalidade à distância “contra” 6,3 milhões em cursos presenciais.
A gama de cursos de educação à distância também foi ampliada no país. Cresceu 50% no espaço de apenas um ano, passando de 2.018 para 3.177.
No cômputo geral, a maior parte das vagas do ensino superior é oferecida por universidades privadas, cerca de 12 milhões. E 835 mil por instituições públicas. Neste universo, no que tange ao número de vagas na EAD, observa-se a mesma tendência: são cerca de 7 milhões de vagas no setor privado e 113,1 mil no público.
Os dados conservam o domínio de determinados grupos educacionais privados no ensino superior à distância. O Censo trouxe que apenas cinco instituições particulares aglutinam mais de 50% dos alunos que cursam EAD.
Avolumou-se, também, o ingresso no ensino à distância. Os números registrados mostraram o “pulo”, de cerca de 1.073.497 para 1.373.321. A taxa de ingresso no ensino presencial caminhou no sentido oposto e caiu de 2.152.752 para 2.072.614.
Especialistas no ensino EAD dizem que o crescimento dessa modalidade é consequência de uma sociedade que optou pelo caminho da melhor administração econômica com fins de equilíbrio no orçamento. Os cursos EAD são, em média, 70% mais baratos que os da educação presencial. Visto que os tempos atuais registram um Brasil com a economia inativa, a opção da população é pela mensalidade mais barata.
Por fim, os experts em EAD frisam que a modalidade é mais – digamos – intrépida, arrojada: perfeitamente viável em cidades médias e, especialmente, nas pequenas, o ensino à distância leva o acesso à Educação aos rincões mais “escondidos” no país.
[Fonte: O Globo]