Coletivo paulistano troca resto de óleo de cozinha por sabão e cursos de educação ambiental
<p>Certamente você já ouviu por aí que óleo usado pode virar sabão.<br></p>
E é verdade! Pode mesmo!
O óleo usado para cozinhar e que, ao sobrar, é – frequentemente – descartado na pia da cozinha, desce pelos canos e faz um loooongo trajeto...até cair nos esgotos e rios.
Pois é, o óleo que você descarta, aí na sua casa, pode – efetivamente – poluir o meio ambiente, viu?
De acordo com a Sabesp, cada litro de óleo jogado pelo encanamento tem potencial para poluir cerca de 20 mil litros de água.
Por conta dessa realidade estarrecedora é cada vez maior o número de projetos surgidos para contornar tal situação.
O Programa Óleo Vivo é um desses projetos. É baseado na ideia de trocar o resto de óleo que sobra nas panelas de frituras da população por sabão feito com o produto.
Programas educativos, que conscientizam a população, também constituem moeda de troca.
Criado pelo fundador do Coletivo DedoVerde, Renato Rocha, o programa funciona na Casa de Cultura e Educação São Luís e tem como área de abrangência os bairros da periferia da Zona Sul de São Paulo.
O projeto coleta uma média de 100 litros de óleo por mês. Em troca – como já te contamos – o coletivo realiza palestras sobre pragas urbanas, conscientização ambiental, veganismo, Plancs (Plantas alimentícias não-convencionais), lixo, saúde pública, entre outros temas.
“Começamos a entender que na periferia já existia a moeda de troca do óleo. O sabão feito de óleo de cozinha usado faz parte da Cultura Popular Imaterial da Periferia. Era um modelo de economia de troca solidária e resolvemos pesquisar”, contou Rocha.
Ele completou resumindo: “pegamos o que as pessoas não iriam usar mais e, em contrapartida, oferecemos conhecimento e sabão”.
Ideia pra lá de bacana, não?
Pois é, como já dizia Antoine Lavoisier, o pai da Química, “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
O óleo usado vira sabão e o meio ambiente agradece.
[Fonte: G1 // São Paulo]