Acidentes de trânsito: pesquisa revela que sentar no banco de trás deixa ocupantes mais suscetíveis a ferimentos e à morte
<p>Hora de relaxar! Vamos pegar o carro e decidir qual será a programação do dia!<br></p>
Antes de qualquer coisa, crianças no banco de trás e com cinto de segurança.
Muito bem!
Ah, não tem criança envolvida?
Mesmo assim. Os que vão atrás também devem estar “devidamente afivelados”.
Bom, mas independente disso, não querendo “jogar por terra” as normas de segurança no trânsito (mas já “jogando”), você sabia que passageiros que viajam nos bancos traseiros dos carros correm mais risco de morte ou de sofrimentos sérios do que os se sentam ao lado dos motoristas?
Pois é, a informação alarmante integra um novo estudo do Instituto de Seguros para Segurança de Rodovias dos Estados Unidos.
De acordo com os envolvidos na pesquisa, isso acontece porque os fabricantes de veículos têm se preocupado muito mais com a tecnologia de segurança nos bancos dianteiros, criando – por exemplo – os airbags.
O que a avaliação técnica concluiu foi que os cintos de segurança dos assentos traseiros – em termos de eficiência – são bem inferiores e contam com menor capacidade dos “limitantes de força”, responsáveis pela redução de riscos de lesões nas partes superiores do corpo.
Para chegar a tais conclusões, os pesquisadores lançaram mão de imagens de perícias, autópsias e laudos médicos.
Ao todo foram 117 os acidentes de carro investigados. Em todos eles, os passageiros do banco de trás morreram ou ficaram feridos. A conclusão final foi a de que mais da metade dos que ocupavam o assento traseiro acabaram por se machucar mais do que as pessoas que ocupavam o banco da frente.
As lesões mais observadas nas pessoas que sentaram nos bancos de trás estavam no peito e na cabeça.
A partir desse resultado, David Harkey, presidente do Instituto de Seguros para Segurança de Rodovias dos EUA, disse esperar que “os fabricantes de veículos possam encontrar um modo de resolver esse quebra-cabeça no banco traseiro assim como eles conseguiram fazer com os da frente”.
Algumas montadoras já estão trabalhando – com empenho – no desenvolvimento de tecnologias que ofereçam segurança para todos os ocupantes de um carro. Ford e Mercedes-Benz, por exemplo, já fabricam um cinto de segurança que infla em casos de choque. O intuito é distribuir melhor a força no peito e no tronco.
[Fonte: Revista Galileu]