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Trabalhar e ver os filhos crescerem: estudo americano diz que, sabendo otimizar o tempo, dá para conciliar bem, sem estresse

<p>Quando o assunto é conciliar a rotina profissional e o cuidado com os filhos dá até para visualizar a pontada de dor de cabeça ou o eriçar dos pelos do corpo, não?<br></p>

Pois é, não é nada fácil.

É praticamente impossível encontrar algum pai ou mãe que já não perdeu uma reunião de pais e mestres por conta de um compromisso com o chefe ou que não pode comparecer à apresentação de teatro na escola por conta de uma viagem de última hora.

O assunto é tão delicado que chamou a atenção de dois estudiosos: Stewart D. Friedman e Jeff Greenhaus.

Os dois, que – há mais ou menos duas décadas – entrevistaram cerca de 900 profissionais de 25 a 63 anos decidiram retomar a pesquisa.

Motivo? A crescente preocupação em relação à saúde mental na sociedade.

Objetivo? Estimular reflexão.

Os resultados do estudo foram publicados em 2000, no livro “Trabalho e família: Aliados ou Inimigos?”, que avaliou aspectos que vão bem além da quantidade de horas gastas na jornada de trabalho dos pais.

Curioso é que as reflexões continuam muito atuais.

Ao passo que a maior parte dos estudos disponíveis trata – apenas e tão somente – do tempo gasto com atividades do trabalho ou atividades familiares, a pesquisa da dupla mergulhou mais fundo: na forma como os pais valorizam a carreira e a família e na interferência psicológica do trabalho na família.

O estudo concluiu que a saúde emocional das crianças é – visivelmente – maior quando mães e pais acreditavam que a família deveria vir em primeiro lugar, independentemente da quantidade de horas que passassem no trabalho. 

Além disso, a condição geral dos filhos também é melhor quando os pais vêem o trabalho como fonte de desafio pessoal, criatividade e prazer.

A partir de suas observações, Friedman e Greenhaus convidam os pais para refletirem sobre o modo como a carreira afeta a saúde mental de seus filhos.

Eles indicam que a preocupação deve estar no valor dado ao trabalho e nas maneiras criativas de estar disponível aos filhos – física e psicologicamente – sem, necessariamente, gastar mais horas para isso.

E então vem a conclusão polêmica: os dois dizem que a falta de tempo – algo recorrente no mundo atual – não é, necessariamente, o problema. O segredo, de acordo com os cientistas, é como pais e mães gastam seu tempo disponível com os filhos.

E você, o que acha?


[Fonte: https://epocanegocios.globo.com]