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Quero "ser bixo"!

É bem curioso observar de longe as transformações físicas e psicológicas pelas quais passam alguns estudantes quando estão prestes a realizar a "prova de suas vidas", aquela que vai elevá-los a uma outra condição. A prova é o temido vestibular. Os estudantes, claro, os vestibulandos.

A situação - realmente - só pode ser chamada de "curiosa" por quem está distante, já que, para os que se lançam à disputa de uma vaga na universidade, o stress é grande. Pudera!
A concorrência é enorme! Vence o que estiver melhor preparado.
Em 24 de maio é comemorado no Brasil o Dia do Vestibulando. 
Os primeiros vestibulandos surgiram na Europa, quando floresceram as primeiras universidades no mundo (entre os séculos 12 e 13). Tais escolas superiores foram assim batizadas pelo fato de tratarem de "temas universais".
Na época, não eram todos que tinham acesso a tais instituições de ensino. Só tinham permissão de ingresso membros do clero ou pessoas indicadas pela nobreza. E aos aceitos no corpo discente não era permitida a convivência com os que já estudavam lá, os veteranos. Os novatos então ficavam nos vestíbulos, espécies de ante-salas ou passagens entre a entrada e o interior de um edifício. Foi assim que passaram a ser chamados de vestibulandos, aqueles que precisam vencer a ante-sala para chegar à universidade.
No Brasil, os cursos superiores foram criados, em 11 de agosto de 1827, por D. Pedro 1º. Por meio de uma lei, o Imperador decretou a criação de duas escolas de Direito (em Olinda e São Paulo) e depois disso, com o tempo, foram surgindo outras escolas de ensino superior. Podiam frequentá-las apenas alunos oriundos dos colégios mais conceituados da época. 
Com o crescimento da procura pela instrução superior, em 1911 instituiu-se a obrigatoriedade de exame de seleção para peneirar os candidatos mais preparados. Estavam criados então, no Brasil, os pilares do que seria, mais tarde, o terror dos estudantes do ensino médio: o vestibular.
Mas voltando ao homenageado do dia, o primeiro grande prêmio que o aprovado no vestibular recebe é o direito de escrever "bicho/bixo" na testa. 
A associação entre o recém-admitido nos bancos universitários e a forma animal remonta, também, à época em que as universidades surgiram no mundo. 
Em um tempo em que a maioria das pessoas era analfabeta e estudar era caríssimo, chegar à Universidade era um feito e tanto. Nem sempre os recém-chegados detinham repertório cultural sofisticado. Por isso os veteranos referiam-se aos novatos como "bichos que precisavam ser civilizados". 
O Portal Bolsas de Estudo parabeniza todos os vestibulandos por seu dia e torce para que todos, em breve, tornem-se universitários.